Diocese se reúne em solenidade de dedicação da Catedral

Celebração ocorreu a tarde de domingo, 22/10


Diocese se reúne em solenidade de dedicação da Catedral

Foto: Douglas Costa Fotografia

Celebrar os 15 anos da Diocese de Montenegro com o olhar para o futuro. Foi com esta perspectiva que o bispo diocesano, Dom Carlos Rômulo, encerrou a missa solene de dedicação da Catedral São João Batista. E para pontuar bem este momento, ele chamou ao altar para a benção final todos os jovens e seminaristas presentes. “Nestes 15 anos, também somos convidados a olhar para frente, para o futuro. E os jovens são este futuro”, observou.

Jovens da Diocese foram chamados ao altar para a benção final, num sinal de

que a Diocese está olhando para o futuro | Foto: João Vitor Santos


A celebração iniciou pontualmente às 18 horas do domingo, 22/10, com a procissão de entrada e a representação de cada uma das 30 paróquias e das mais das 300 comunidades dos 32 municípios que compõe a Diocese. Orgulhosos de fazerem parte desta missa solene, as delegações traziam estandartes e, também, imagens dos padroeiros. Pastorais, movimentos e grupos da Paróquia Catedral São João Batista também se fizeram representar. A procissão de entrada nem havia encerrado e o lado esquerdo da Igreja, próximo à pia batismal, já estava cheia dos ícones das delegações, uma demonstração de intensa participação de toda a comunidade.

Imagens de padroeiros e estandartes das 30 paróquias e mais de 300

comunidades da Diocese | Foto: João Vitor Santos


Também participaram da procissão de entrada todo o clero Diocesano. Ao fim, vinham Dom Carlos e outros dois bispos importantes para a história da Diocese. Um deles é Dom Paulo de Conto, ainda muito presente na vida da comunidade, bispo emérito e primeiro pastor da Diocese de Montenegro. O segundo é Dom Clemente Weber, bispo emérito da Diocese de Santo Ângelo, que foi pároco episcopal do ainda Vicariato de Montenegro e que por anos viveu na cidade. Foram os três que ungiram o altar da Catedral com óleo bento e perfumado, um dos momentos centrais da solenidade da dedicação da Catedral.

Os três bispos que fazem parte da história da Diocese de Montenegro, D. Paulo (esquerda),

D. Carlos (de costas) e D. Clemente | Foto: João Vitor Santos


Enquanto os três bispos ungiam o altar da Catedral, os padres que foram párocos da Paróquia São João Batista, e o atual pároco, padre Diego Knecht, seguiram para ungir as paredes do prédio. Ao longo das laterais da Catedral, cruzes em mármore, ao estilo da Cruz de Malta, sinalizavam o ponto exato que deveria receber a unção. “Fico muito feliz de ter presente aqui, neste momento, os cinco últimos párocos: D. Clemente e os padres Inácio Steffen, Carlos Vicente e Nicolau Schneider”, disse o padre Diego, em seu pronunciamento ao fim da solenidade.

Enquanto o altar era ungido, antigos párocos da São João Batista ungiam as

cruzes nas paredes | Foto: Diocese de Montenegro


Rito antigo e cheio de significados


O ritual de dedicação de um prédio para reunião e culto a Deus é um hábito muito antigo da Igreja (saiba os significados da dedicação aqui). Em sua homilia, D. Carlos fez questão de destacar que a Igreja são as pessoas. “Mas também é o lugar em que as pessoas se reúnem para rezar. Aqui, a Catedral. Todos somos Diocese de Montenegro e esta aqui é a casa de todos”, observou. O bispo ainda fez memória dos passos desde a concepção da Diocese e todas as ações ao longo desde 15 anos, que se concretizam na conclusão da revitalização do prédio. E por isso também lembrou de cada uma e cada um que contribuiu com doações, de trabalho, recursos financeiros e orações e de tantos trabalhadores que se dedicaram à revitalização. “Deve passar um filme na cabeça de cada um”, brincou.

Dom Carlos em momento de benção e aspersão da água sobre o povo |

Foto: Douglas Costa Fotografia


Além da unção das paredes e do altar, o rito da dedicação ainda compreende benção da água, que foi realizada junto da pia batismal. Esta água, depois, foi aspergida sobre toda a comunidade. Também houve um momento em que a Catedral ficou inebriada pela fumaça do incenso posto sobre o altar e entre as pessoas. Incensar compõe a mística do ritual, pois é uma representação a elevação aos céus através da fumaça perfumada do incenso.

Dom Carlos incensando o altar | Foto: Diocese de Montenegro


Mais da metade da celebração também foi realizada na penumbra. Isso porque o momento da benção das luzes foi solene. Depois da unção e bençãos, solenemente as velas do altar foram acessas pelo padre Diego. Ao mesmo tempo, as luzes de toda a Catedral se acenderam e revelaram a beleza do prédio, completamente lotado por seus fiéis.

As luzes da Catedral só foram ligadas depois que as velas do altar foram acessas

pelo padre Diego | Foto: Douglas Costa Fotografia


Foi mais um momento para apreciar a obra e toda a arte litúrgica que ocupa o espaço interno da Catedral, um trabalho do arquiteto e artista sacro Cristtiano Fabris. Ele também esteve na solenidade de dedicação e lembrou um pouco da história da revitalização. “A primeira vez que estive aqui foi em novembro de 2010. Nunca vou esquecer porque foi a semana seguinte de meu casamento. Não tínhamos nada, apenas o telhado havia passado por uma reforma”, recordou.

Cristtiano Fabris, responsável pela arte sacra da Catedral |

Foto: Diocese de Montenegro


A relíquia de São João Paulo II


Dentro do rito da dedicação, também está a entronização da relíquia de um santo. Mas, a Catedral São João Batista já guardava uma relíquia: uma gota de sangue de São João Paulo II. Foi por isso que a data escolhida para esta solenidade foi dia 22 de outubro, dedicada a memória do antigo pontífice. O relicário com a gota de sangue fica depositada na Capela da Ressurreição, dentro da Catedral.


No entanto, como esta relíquia veio parar aqui na Diocese de Montenegro? Esta á uma história que foi contata pelo bispo emérito, Dom Paulo de Conato, que foi quem a recebeu. Ele mesmo foi feito bispo durante o pontificado de João Paulo II e teve a oportunidade de, por diversas vezes, estar próximo do Papa polonês. Acabou se aproximando de uma das pessoas que trabalhavam diretamente com João Paulo. Com a morte do pontífice, este sujeito foi feito cardeal e voltou a atuar na Polônia. “E certa vez ele me chamou e me deu uma relíquia com a gota de sangue de João Paulo II. Esta gota de sangue foi coletada quando ele estava hospitalizado, depois de ter sofrido um incidente na Praça São Pedro, quando um homem atirou nele. Graças a Deus o Papa se reestabeleceu e depois até visitou, na prisão, esse homem que atirou nele, num grande ato de misericórdia”, contou. D. Paulo.

Relicário com a gota de sangue de João Paulo II em destaque no altar |

Foto: Douglas Costa Fotografia


Durante a missa solene de dedicação da Catedral, a relíquia ficou exposta em lugar de destaque no altar. Antes disso, o relicário com a gota de sangue adentrou a nave principal da Catedral na procissão de entrada sendo carregado por jovens da Diocese. Mais um ato simbólico explicado por D. Carlos ao fim da missa. “João Paulo II foi o grande incentivador das Jornadas Mundiais da Juventude. Olhemos pelos jovens, que são o nosso futuro. Que sejamos sempre uma Igreja unidade na evangelização dos jovens, nos sacramentos e na caridade, como fomos recentemente no caso dos atingidos pelas enchentes”, conclui o bispo da Diocese de Montenegro.

Jovens da Diocese carregaram a relíquia de João Paulo II na procissão de entrada | Foto: João Vitor Santos

Onde estamos

Endereço: Olavo Bilac, 1212 – Centro – Montenegro/RS – CEP 92510-165

Telefone: 51 3632-1196 | 98437-0817

E-mail: [email protected]

Siga-nos

Acesse também