O Rei Senhor prepara uma festa. Cada um de nós é chamado para participar.
Qual a intenção de Deus ao nos proporcionar tal convívio? Ele quer compartilhar
conosco de Sua vida/intimidade/relação, que é simbolizada pela imagem do
banquete. Onde há banquete existe convivência, alegria, partilha, fartura e
amizade. Assim como nos matrimônios humanos, em que logo após a celebração da
aliança existe esta festa, da mesma forma quando Deus celebra a aliança conosco
(nova e eterna) também nos convida aos festejos. Este banquete da alegria foi
profetizado na primeira leitura: “O Senhor dos exércitos dará neste monte,
para todos os povos, um banquete de ricas iguarias, regado com vinho puro,
servido de pratos deliciosos e dos mais finos vinhos. [...] eliminará para
sempre a morte e enxugará as lágrimas...” (Is 25, 6-7).
Jesus celebrou conosco as núpcias. Ele é o esposo e a Igreja é sua
esposa. A aliança foi celebrada na cruz (com o “sangue da nova e eterna aliança
que foi derramado”) e a ressurreição inaugurou um tempo novo de amizade com
Deus. O Senhor nos oferece a cada momento a salvação, como se fosse uma veste
nova para entrarmos e participarmos dignamente deste banquete, como também está
escrito: “Eu me regozijo muito no Senhor; a minha alma se alegra no meu
Deus. Pois Ele me cobriu com vestes de salvação, e me envolveu com o manto da
retidão, como o noivo que se adorna com um turbante, e como a noiva que se
enfeita com suas joias” (Is 61,10). Esta veste nós adquirimos
no batismo e todas as vezes que a sujamos pelo pecado, podemos lavá-la no
sacramento da reconciliação.
O único empecilho para a participação nesta festa é não aceitar o convite
do Rei, ou seja, recusar a salvação. Recusar-se a participar da alegria,
preferindo a tristeza do isolamento e da morte. Deus chama a todos, bons e
maus, não há excluídos. Mas é preciso que vivamos a caridade (o amor) que nos
foi ordenado pelo Rei. Sobre isto nos ensina um grande padre da Igreja: “Entra,
pois, nas bodas, mas não leva a veste nupcial, aquele que pertencendo à Igreja
Católica tem fé, mas lhe falta a caridade. [...] Logo, aquele que veio aos
homens por caridade (Jesus) deu a conhecer que a veste nupcial não era outra
coisa que a própria caridade”. (São Gregório Magno, papa e doutor da
Igreja. Séc. VI) Vivamos a caridade para cantarmos: “Na casa do Senhor
habitarei, eternamente” (Sl 22).
Pe. João Vítor
Freitas dos Santos
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