VINDE A MIM TODOS!


VINDE A MIM TODOS!

Logotipo do jubileu da Misericórdia. Padre Ivan Rupnik.

Estimados irmãos e irmãs, a sabedoria de Deus é diferente da sabedoria humana. Nós temos “mania de grandeza”, existe uma necessidade de demonstração de poder e autoridade por parte dos governantes, mas Deus, sendo o verdadeiro Rei do universo, não tem necessidade disto. Por isso, a profecia que escutamos na primeira leitura em Zc 9, 9-10 é o anuncio de como entraria na cidade o verdadeiro Rei de Jerusalém, não a cavalo e cheio de pompa, mas montado num jumento, como verdadeiro Justo e Salvador. A profecia de Zacarias acentua algumas características deste Rei/Senhor: é humilde e anunciará a paz. Mas, o que é a humildade? E que paz é esta? Os apóstolos não foram assassinados e os cristãos perseguidos?


Primeiro, temos que ter clareza de que a verdadeira humildade é apenas a verdade sobre nós mesmos. Ou seja, humildade não tem relação com uma atitude de auto rebaixamento, desleixo consigo mesmo, especialmente no que se refere à auto imagem, cabeça baixa, etc. Estas atitudes até podem esconder uma falsa humildade, no sentido de querer parecer humilde aos olhos alheios, na aparência. A humildade verdadeira é simplesmente reconhecer o que somos, dons e defeitos, mas, principalmente, o que somos diante de Deus. Quando realmente temos consciência do que somos diante de Deus é que nasce a humildade, temos noção da dimensão dos nossos pecados e nossa total dependência da misericórdia de Deus. Por isso, somente a um coração humilde e pequeno Deus pode revelar suas “coisas”, e não aos “sábios” e “entendidos” deste mundo, da sabedoria humana (Cf. Mt 11, 25). Jesus é humilde pois revelou a todos o que é: O Filho de Deus, e que só conhecemos o Pai por Ele (Cf. Mt, 11, 27).


E a paz? Que paz é esta que o Rei Jesus nos traz? Com certeza não é a paz no critério da sabedoria humana, não é a pax romana, aquela que é imposta pela autoridade e poder bélico. Não é paz da ausência de perseguição, do conforto ou da vida egoísta. Mas é a paz que emana da Salvação, do sacrifício da cruz. É a paz que brota no coração daquele que aceitou o jugo de Cristo e que aprendeu Dele, do seu manso e humilde coração. É a paz que brota da certeza do amor de Deus, a tal ponto de dizer como o Apóstolo Paulo: “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?” Rm 8, 35. Nada neste mundo nos tira a paz, pois pertencemos ao reino do Rei Jesus, e este reino não é deste mundo.


Por isso, deve ressoar em nosso coração o convite do Senhor no final do evangelho deste Domingo em Mt, 11, 28-30: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso (a paz). Pois o meu jugo é suave e o meu peso é leve”. O convite é para todos! Para entrarmos nesta escola da humildade e encontrar a verdadeira paz em nossas vidas. Mas é preciso tomar um jugo sobre si, assumir um fardo, claro que é leve e suave, por ser de Cristo, mas não é menos exigente. É necessário assumir a vontade de Deus em nossas vidas e viver na alegria dos que vivem sob o Seu senhorio.

 

Pe. João Vítor Freitas dos Santos 

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