QUEM ENCONTRA O REINO, SAI DE SI!


QUEM ENCONTRA O REINO, SAI DE SI!

Santa Irmã Dulce. O anjo bom da Bahia.

Jesus continua neste Domingo (17° do Tempo Comum) a nos explicar o Reino dos Céus ou o Reino de Deus, em Mt 13, 44-52. Ele compara o Reino como um tesouro escondido no campo que, quando é encontrado, o homem vende tudo para comprar o campo. Também como um comprador de pérolas que vende tudo para comprar uma pérola preciosa, ou seja, quem descobriu em sua vida o valor do Reino de Deus, realmente faz de tudo para possuí-lo. Sai de si. Podemos até mesmo comparar este sentimento expresso nestas parábolas com o sentimento da paixão, sim, pois quem está apaixonado faz de tudo para “possuir” o(a) amado(a). Já dizia São João da Cruz: “Ferida de amor só se cura com presença e figura”; o que isto quer dizer? Que quando estamos apaixonados ou encontramos o valor do Reino, queremos estar, gozar de sua presença e ver esta realidade.


E o que é o Reino de Deus senão o próprio Amado, o Cristo? Quem encontrou o Reino encontrou Jesus. Ele é o tesouro escondido, a pérola preciosa. É também o pescador que joga a rede ao mar para pescar peixes de todo o tipo, ou seja, a Igreja. Nós somos estes “peixes de todo o tipo”, somos este povo congregado em diversas nações e línguas, estilos e ideias, mas uma mesma fé. Claro que pode acontecer de não correspondermos a nossa vocação em vivermos conforme o Reino e, assim, nos tornamos maus como o joio (no Domingo passado) ou os peixes que não prestam, como no exemplo deste evangelho. Assim acontece em nossas comunidades, existem muitos sinais de santidade, mas também problemas, incompreensões e pecados. Por isso, nossa busca na comunidade é sempre assemelhar-se ao Amado, procurando reavivar a chama do primeiro amor, da paixão que devemos ter por Cristo.


Quando encontramos o Reino, o Cristo, somos capazes de fazer verdadeiras “loucuras de amor”, como vender todos os bens, deixar casa, pai, mãe, filhos, cidade, estabilidade, como fez São Francisco, Santa Irmã Dulce, Santa Madre Tereza de Calcutá, São João Paulo II e tantos outros, também inúmeras pessoas que vivem este amor de um modo discreto, quase escondido, mas que sabem do valor deste tesouro e o testemunham na simplicidade. Encontraram a verdadeira felicidade. Aquele que deixou tudo por Cristo, na verdade encontrou tudo, como diz o Papa Emérito Bento XVI: “Cristo não tira nada, Ele dá tudo”, ou seja, “tudo concorre para o bem daqueles que amam (deixam-se apaixonar) a Deus” (Cf. Rm 8, 28 – segunda leitura). Por isso, não tenhamos medo de dar este passo na fé, de lançar-se nesta história de amor de Deus conosco, de viver este tesouro.

 Pe. João Vítor Freitas dos Santos

 

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