Missa com Benção dos Óleos é marcada pelos 15 anos da Diocese e protagonismo juvenil

Catedral ficou completamente lotada na noite da Quarta-Feira Santa


Missa com Benção dos Óleos é marcada pelos 15 anos da Diocese e protagonismo juvenil

Fotos: Diocese de Montenegro

Reunidos em torno dos nossos pastores

Nós iremos a Ti!

Professando todos uma só fé

Nós iremos a Ti!

Armados com a força que vem do Senhor

Nós iremos a Ti!

Sob o impulso do Espírito Santo

Nós iremos a Ti!


Foi entoando essa primeira estrofe da Marcha da Igreja (música do pe. Adilson José Kuntzler), em tom solene e com muita emoção que toda a comunidade da Diocese de Montenegro deu início a Santa Missa com Benção dos Óleos e Consagração do Crisma. A música faz lembrar a unidade dos cristãos em torno da Igreja, em nosso caso da Diocese, e por isso conclama a toda uma comunidade a ser uma só voz. Mas, na noite de quarta-feira, 05/04, enquanto a procissão de entrada avançava, com a passagem de seminaristas, religiosos e religiosas, todo o clero e os bispos Dom Paulo de Conto, emérito, e Dom Carlos Rômulo, eram muitas as vozes que se uniam num coro nessa que pode ser considerada uma das mais solenes missas do ano.


Segundo a Tradição, essa celebração acontece na manhã da Quinta-Feira Santa, contudo na nossa diocese é na Quarta-Feira Santa, ainda antes do início do Tríduo Pascal, que a comunidade se reúne enquanto Diocese para que o clero, com todas as lideranças de todas as paróquias e seções da Diocese, renovem seus votos sacerdotais.


Todo clero reunido na Missa do Crisma


Essa missa também é muito conhecida como ‘a missa dos óleos’. Isso porque também ocorre a benção dos óleos que serão usados por todos ao longo do ano. Esse óleo, usualmente de oliva, é perfumado e levado ao altar. Os óleos a serem abençoados pelo bispo tem três usos: o Óleo dos Enfermos, usado pelo sacerdote ao ministrar o Sacramento da Unção dos Enfermos a pessoas doentes; o Óleo dos Catecúmenos, usado nos sacramentos do Batismo; e o Óleo do Crisma, esse usado nos Sacramentos do Crisma, quando o cristão ou cristã confirma a fé católica e pertença ao seguimento de Jesus Cristo. Ou da Ordem,  ou da Ordem, quando da ordenação de novos sacerdotes ou sagração de bispos. E ainda para benção de altares e dedicações de igrejas. 



 Dom Carlos prepara o óleo antes da benção


Esse é realmente um dos momentos mais esperados da missa. Na noite de Quarta, quando Dom Carlos anunciou que os óleos seriam levados ao altar, muitos se viraram para o fundo da Catedral. Isso porque, tradicionalmente na Diocese, os jarros com óleo são levados por membros da comunidade. Assim, o dos Enfermos foi levado por duas religiosas que, por obras de suas congregações, prestam assistência aos doentes. Casualmente eram duas irmãs de nome Teresinha, uma da congregação das Franciscanas de Penitência e Caridade Cristã e a outra é Irmã da Divina Providência.



Irmã Teresinha, franciscana, e irmã Teresinha levaram Óleo dos Enfermos


Na sequência, o casal da Paróquia Catedral São João Batista, Felipe e Cristina, levaram o Óleo dos Catecúmenos. Só que eles também contaram com a ajuda de um dos três filhos, o Bernardo, de sete anos.



Cristina, o pequeno Bernardo e Felipe com o Óleo dos Catecumenos 


Aliás, Bernardo é o irmão do meio e, na missa do ano passado, chamou a atenção por levar nos próprios braços o irmão Francisco, na época com 18 dias de vida. Nesse ano, ele exibia orgulhoso as vestes de coroinha. “Para minha família isso é uma graça muito grande. Esse Óleo dos Catecúmenos, que levamos pela segunda vez, representa o início da caminhada, quando a pessoa sai da condição de criatura para filho de Deus”, destaca Felipe.



 Bernardo, nesse ano, concentrado na função de coroinha


Encerrando a entrega dos óleos, o casal da Paróquia São Sebastião, de São Sebastião do Caí, João Gabriel e a Sabrina, levaram o Óleo do Crisma.



João e Sabrina com o Óleo do Crisma


Assim que os três jarros foram postos no altar, Dom Carlos os abençoou. Entre as pessoas que assistiam, a demonstração de fé e admiração por aquele ritual era tão grande que se fazia um silêncio absoluto. Se podia ouvir o som da colher bater nos jarros enquanto o bispo mexia o óleo. Depois, uma equipe da Catedral levou os jarros para dividir o óleo em pequenos frascos que foram entregues a todas as paróquias, seminários e aos bispos, que mantêm uma porção consigo.


Na sacristia, uma equipe fazia a distribuição do Óleo para as paróquias


Nesse ano, a entrega desses pequenos frascos foram feitos aos jovens das paróquias, numa sintonia com o ano vocacional 2023 e as ações para evangelização das juventudes.



 Jovens das paróquias, como esse grupo da Catedral, receberam o Óleo



"Só se torna Diocese depois de uma caminhada"

 

Além da entrega dos óleos abençoados aos jovens da paróquia, o protagonismo juvenil foi um dos pontos altos da missa. Um indicativo disso foi a presença de jovens e adesão de muitos fiéis, digamos, jovens com mais idade, que usavam a camiseta vocacional da Diocese (como João e Sabrina), preparada para ser um sinal do comprometimento de todos com a evangelização das juventudes. Em sua homilia, Dom Carlos também destacou com muito carinho esse momento que estamos vivendo. Sua fala foi diante da cruz vocacional, que representa o ‘sim’ dos jovens assumido no Dia Nacional da Juventude na Diocese, realizado em novembro passado. “Se estamos aqui é porque estamos ungidos e o Espírito do Senhor nos conduz, conduz todos para anunciar o Evangelho. Vamos pensar na multidão de crianças na catequese, na multidão de jovens na iniciação à vida cristã, na multidão de pastorais”, disse. Ao fim de sua fala e, depois da missa, sempre repetia: “uma salva de palmas para os jovens”.



 D. Carlos: Vamos pensar na multidão de crianças na catequese, de jovens na iniciação à vida cristã”


E toda a homilia de Dom Carlos foi permeada pelo Evangelho de Lucas (4, 16-21) que narra quando Jesus, na sinagoga, proclama as palavras do profeta Isaías. “É uma profecia que se cumpre. Jesus toma emprestada as palavras do profeta para anunciar: ‘o Espírito do Senhor está sobre mim’”, disse. O bispo ainda recorda que todos somos ungidos e estamos aqui em missão. Foi a deixa para lembrar dos 15 anos da Diocese de Montenegro. Mais do que celebrar uma outorga eclesial, Dom Carlos quis lembrar que a igreja, que naquela noite se mostrou una, é feita de pessoas, de gente como cada um de nós. “Só se torna Diocese depois de uma caminhada, em cada capela, paróquia, escolas, seminários e no trabalho de muitos. Só podemos ser igreja depois de uma longa caminhada”, observa.


 

Esforço de cada um foi levado nesses 15 anos de Diocese


Assim, revela que esses 15 anos são uma caminhada, mas que é preciso seguirmos andando. “Se estamos aqui é porque estamos ungidos e o Espírito do Senhor nos conduz. E conduz todos para anunciar o Evangelho. É Ele que nos faz arder o coração e nos coloca a caminho, como no lema do Ano Vocacional 2023 [Corações Ardentes, Pés a Caminho, conforme Lc 24, 32-33]”, completou.





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