Potencialidades, fraquezas, estratégias, diretrizes pastorais, criação Hinário Litúrgico, dízimo e apresentação da Pascom foram alguns dos temas do encontro do Conselho Pastoral Paroquial – CPP. O grupo congrega representantes das capelas da Paróquia Catedral São João Batista, além de movimentos e pastorais. A assembleia geral realizada na quarta-feira, 17/07, analisou também os dados da pesquisa realizada no último encontro de 2018. A consulta avaliou os pontos fortes e fracos da Paróquia, apontou oportunidades e ameaças com vistas a traçar um Plano de Ação.
Inicialmente,
padre Diego Knecht apresentou a lista com 33 potencialidades. Entre eles, união
de pastorais e movimentos, investimento em preparações litúrgicas e equipe de
música, acolhida nas celebrações, qualificação através de palestras e promoções.
Na lista das fraquezas, foram listados 32 itens. Curiosamente, muitos dos itens
apontados aparecem em ambas as listas. Dois exemplos são a participação da
comunidade e a integração entre grupos e movimentos. Embora isso pareça
contraditório, padre Diego explica que é natural. “A consulta foi feita com um
grupo grande e diversificado. Um determinado ponto pode parecer positivo e ao
mesmo tempo negativo. Isso reflete a realidade de diferentes capelas, por
exemplo”, acrescenta.
Contra
o individualismo, solidão e desespero, a ação de escuta comunitária
A Assembleia também discutiu ameaças
a ações da comunidade, no sentido que fragilizam as pessoas no dia a dia. A
vida moderna leva muitos a isolamentos. A pressão como o excesso de trabalho,
ou o desemprego, conduz as pessoas ao desânimo e ao desespero. Além do flagelo
de situações de violência, de fome e de pobreza que caracterizam a sociedade.
Nesse terreno, a Igreja – em saída, defendida pelo Papa – deve agir. Muitas
vezes a Igreja Católica perde fiéis pelo silenciamento ou por não estar
presente em muitas dessas situações. No vácuo deixado pela comunidade
paroquial, outras religiões agem. Padre Diego destaca que não se trata de concorrer
com outras religiões, mas de fazer a Igreja Católica um espaço de acolhida.
Ações de missão devem ser desenvolvidas,
promovendo visitações em casas de forma indiscriminada e com atenção especial
para situações de maior vulnerabilidade. Grupos, movimentos, comunidades das
capelas e pastorais devem se engajar nas ações. Uma delas já está sendo gestada
para outubro, mês marcado como de atenção especial para as missões. O objetivo
é que todos se coloquem em escuta e missão.
Hinário
litúrgico: fim da folhinha da missa
Outro ponto do encontro tratou da
extinção do folheto O Dia do Senhor, usado em todas as celebrações e missas da
Comunidade. Hoje, a confecção desses folhetos tem custo elevado por ano. Além
disso, as folhinhas da missa, como é chamado, tem a vida útil de apenas um fim
de semana, gerando impacto ambiental. Padre Diego alerta que a proposta não é
acabar com a distribuição abruptamente. A proposta, aprovada em plenária, é de
que haja um redução no número de folhetos e, em contrapartida, seja criado um
Hinário Litúrgico Paroquial.
O Hinário é uma espécie de
livrinho em que deverão constar os diversos cantos dos ciclos litúrgicos do
ano. Com isso, faz-se investimento que tem vida útil maior, eliminado os custos
anuais e impactos ambientais. Os hinários e livros litúrgicos da Catedral e das
capelas suprirão a retira do folheto O Dia do Senhor. “Essa mudança ocorre a
partir do ano que vem. Para esse ano, nada muda. Também desenvolveremos ações e
formações, preparando as equipes de liturgia e a comunidade paroquial”,
esclarece o padre Diego.
Dízimo,
Pascom e outros assuntos
O encontro ainda discutiu ações relacionadas
ao dízimo, a necessidade de ações de esclarecimento e sobre a importância para
a manutenção da estrutura física da Paróquia, assim como o sentido teológico de
partilha em comunhão e vivência plena de comunidade. Em outubro, mês dedicado a
missões, essas ações de formação e esclarecimento acerca do dízimo também
deverão ser desenvolvidas.
A Assembleia Geral também foi o
momento de anúncio de que a Pastoral da Comunicação – Pascom passa por
reestruturação. Um novo grupo foi formado e teve seu primeiro encontro. A ideia
é de que seja articulador entre as pastorais, movimentos, grupos e capelas. A
intenção é comunicar, divulgar as ações da Paróquia. Afinal, um pontos
destacados na pesquisa apresentada pelo padre Diego é a falta de comunicação e
articulação entre os segmentos comunitários. Para tanto, é importante a
colaboração de todos: a ideia é de que membros de grupos, movimentos e
pastorais mantenham contato constante com a Pascom para divulgar suas ações.
Para tanto, basta entrar em contato com a Secretaria Paroquial que faz o
encaminhamento.
O encontro destacou a importância
de todas comunidades, movimentos e pastorais comunicarem até outubro seu
calendário de 2020 para elaboração do calendário paroquial. Também foi lembrado
aos coordenadores de capelas que sempre entrem em contato com a Paróquia antes
de contratarem serviços de terceiros, afim de que não se tenha problemas de
recolhimento e controle de pagamento de impostos, como o e-Social, e a
importância de cadastramento de todos os túmulos de comunidades que possuem
cemitérios para, a partir de então, começar a elaboração do regimento.
A próxima Assembleia Geral do
Conselho Pastoral Paroquial – CPP será em novembro. Dois assuntos já foram
encaminhados para a discussão na próxima reunião: a formação da direção do CPP,
que deve ser um organismo autônomo do Conselho Paroquial, e a análise do
Documento 109 da CNBB, que trata das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora
para os anos de 2019 a 2023.
De
modo geral, o padre destaca a necessidade de maior participação da comunidade
nas atividades da paróquia, missas, encontros, necessidade de renovação de
lideranças, maior comunicação e integração entre os grupos. Nesse sentido, da
análise dos itens surgem oportunidades que devem ser desenvolvidas na Paróquia.
Além de corrigir essas falhas, as oportunidades indicam a demanda por ações
pastorais para a Igreja se colocar em saída, como defende o Papa Francisco.
A plenária cobra mais espaços como a Pastoral da Escuta em que um religioso está sempre à disposição para atendimentos da comunidade na Catedral. Esse dado da escuta também aparece na pesquisa quando surge a questão “Como formar nossas comunidades, movimentos e pastorais para que sejam lugares de Iniciação à Vida Cristã?”. A maioria das pessoas respondeu que é preciso “ouvir mais as pessoas”. Das manifestações da plenária emergiu a ideia de que esse “escutar mais” dependeria da ação dos padres e da promoção de mais espaços de escuta, além de atendimentos na Igreja, visita a famílias, por exemplo. Padre Diego destaca que esse é um movimento da comunidade. A ideia de missão consiste justamente nisso, todos os membros da igreja especialmente os leigos, o povo de Deus, se coloquem em saída e em escuta. A plenária sugere ações como saídas e visitas a residências de montenegrinos, não somente cristãos ou católicos, a exemplo do que foi feito por ocasião das Santas Missões.
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