Quem tem uma certa caminhada em nossa Paróquia já deve ter ouvido falar, sido aluno, companheiro de grupo ou parceiro de oração de Mara e Atevalter. Os dois literalmente dividem uma vida em comunhão dentro da Igreja. Casaram-se, tiveram e criaram os filhos sempre tendo uma atuação muito presente em nossa comunidade. Agora, mais uma vez junto, parceiros e como casal, assumem como ministros Extraordinários da Eucaristia. Nessa terceira reportagem em que reproduzimos o testemunho desses novos ministros, conversamos com o casal.
Confira a entrevista com o casal, produzida pela Pascom.
Mara Conceição Flores da Silva, 55 anos, professora.
Pascom – Conte-nos como tem sido sua caminhada na Igreja? Por quais grupos, pastorais e ou movimentos você já passou?
Mara – Minha caminhada na Igreja começou aos 10 anos, quando eu estava na catequese de Primeira Eucaristia. Meus pais casaram-se no religioso para me acompanhar na 1ª Comunhão, a partir daí nunca me afastei da Igreja.
Comecei na catequese aos 16 anos. Sou catequista de Batismo, Eucaristia e Crisma. No entanto, no momento, estou somente com turma da catequese de Crisma. Fui tia do ONDA por cinco anos. Também participei do Cenáculo de Maria, do Cursilho, faço parte da equipe de Liturgia. Em função da pandemia, estou retomando as atividades na Igreja aos poucos. Também tenho pós-graduação em Teologia, fiz parte da primeira turma que se formou em 2015. Participei como coordenadora da Crisma de 2007 até 2019.
Pascom – O que representa para você a vida em comunidade e atuação em nossa Paróquia?
Mara – Para mim é de suma importância, porque, além de pertencer a Igreja de Cristo, ainda estamos exercendo a missão deixada por ele através dos discípulos. É a pertença a uma família, amo fazer parte dessa família. Às vezes não é fácil, mas isso nos leva a um crescimento espiritual e faz eu me sentir útil. Evangelizar é a minha vocação, seguir Jesus Cristo é minha missão.
Pascom – O que lhe fez aceitar o chamado para assumir como ministra da Eucaristia? Para você, qual a importância desse ofício?
Mara – Confesso que no início não me senti digna, porque sou pecadora. Mas, depois refletindo junto com o meu esposo, que também recebeu esse chamado, resolvemos aceitar. Se pensarmos de fato, ninguém é digno de nada, porém Jesus veio salvar os pecadores, e se Ele nos chamou quem somos nós para negar esse chamado. Há um bom tempo essa ideia já me havia ocorrido e para mim é de suma importância, pois vou estar mais perto de Jesus distribuindo seu Corpo e seu Sangue aos irmãos de caminhada. Essa é uma forma de Evangelizar.
Pascom – A senhora é largamente conhecida como catequista. Em que medida esse novo ofício contribui para a formação catequética? A senhora continuará com a catequese?
Mara – A formação catequética é permanente, estar nesse novo ofício é abastecer a minha fé através da Eucaristia, agora de forma mais plena. Isso aprimora também os conhecimentos teologais. A catequese faz parte da minha vida, continuo com a catequese sim, essa é a minha vocação por excelência. Como citei acima, minha caminhada na catequese começou aos 16 anos, hoje estou com 55 e não pretendo deixar esse ministério de lado. Servir e seguir Jesus é minha missão e vocação.
Pascom – Qual a importância de nos colocarmos à serviço? Como você compreende isso dentro do modo de vida cristão, defendido pela Igreja?
Mara – Nos colocarmos à serviço é muito importante porque nos faz entender que temos uma missão aqui na Terra, somos chamados a vida e a seguir Jesus. A resposta é nossa, porém ao darmos o nosso sim nos tornamos pessoas mais felizes e agraciadas. A missão não é fácil, conviver com pessoas é difícil, estar em comunidade traz muitos desafios, mas também nos aprimora no amor ao próximo e isso no modo de vida cristão se faz necessário, o mundo é um lugar bom de se vive, o ser humano é que complica um pouquinho.
Pascom – Deseja acrescentar algo?
Mara – O testemunho que damos aos nossos filhos é de suma importância, recebi o exemplo de meus pais e passei aos meus filhos. Todos são católicos e participam da Igreja. Somos a Igreja instituída por Jesus Cristo na pessoa do apóstolo Pedro, essa é uma verdade que todo católico cristão deve lembrar, amar, respeitar e rezar por nossa Igreja é nosso dever.
João Atevalter da Silva, 62 anos, policial militar aposentado.
Pascom – Conte-nos como tem sido sua caminhada na Igreja? Por quais grupos, pastorais e ou movimentos você já passou?
Atevalter – Nasci em Seberi em 21 de dezembro de 1959. Fui batizado e crismado com uns três anos, na localidade de Castelinho. Filho de pais separados, minha mãe ia comigo na missa todos os fins de semana. Eu tinha vontade de ser padre, mas, por perseguições de meu pai, em 1967, tivemos de vir para Montenegro.
Como minha mãe teve de trabalhar de empregada doméstica, me deixou na casa de minha tia no interior de Triunfo. Por motivo de maus tratos, minha mãe me trouxe pra morar com ela. Em Montenegro, onde entrei na escola e fiz minha 1° Eucaristia, mas continuei não muito ligado a vida cristã.
Em 1985, quando conheci Mara, minha esposa, em São Sebastião do Caí, voltei a participar ativamente da Igreja Católica fazendo parte da equipe de Liturgia, entre outras atividades. Em 1993, nos mudamos para Montenegro, onde fui tio do ONDA, fiz cursilho, fui coordenador da Capela Nossa Senhora do Rosário, fiz Cenáculo de Maria, participei da Renovação Carismática Católica, pastoral do Batismo, ajudo na animação das missas, canto Salmos, etc.
Pascom – O que representa para você a vida em comunidade e atuação em nossa Paróquia?
Atevalter – Vida na comunidade é importantíssimo para a estabilidade da família, criação dos filhos. Graças a Igreja meus filhos têm boa educação, são honestos descentes.
Pascom – O que lhe fez aceitar o chamado para assumir como ministra da Eucaristia? Para você, qual a importância desse ofício?
Atevalter – Quando recebi o convite do padre Diego, não ia aceitar. Mas, aí tive um sonho: sonhei que estava andando em uma estrada deserta e me apareceu um cara alto, mulato, vestindo terno e usava chapeuzinho na cabeça. Ele dizia: “me segue me segue”.
Eu segui e começamos a passar dentro das casas e eu disse para ele, não podemos fazer isso estamos invadindo as casas das pessoas. E ele me dizia: “não se preocupe. É tudo nosso, tudo gente nossa”.
Assim, saímos das casas e fomos novamente para uma estradinha deserta. Ele foi indo na frente e virou para trás e me disse: “Atevalter, te prepara que o fim dos tempos está chegando e desapareceu”. Aí, me acordei e deduzi que era Jesus me chamando, por isso aceitei.
Pascom – Qual a importância de nos colocarmos à serviço? Como você compreende isso dentro do modo de vida cristão, defendido pela Igreja?
Atevalter – É importante que aqueles que vivem dentro da fé cristã e da doutrina católica se coloquem à disposição. Tudo isso para levar esse conhecimento e essa vivência às pessoas que se encontram afastados e sem conhecimento do verdadeiro amor de Deus por nós e do plano que Deus tem para cada um de nós aqui na terra. Só estamos de passagem e o tesouro maior que Deus reserva é a vida eterna. Obrigado pela oportunidade espero ter sido útil.
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