No evangelho deste final de semana, em Mt 16, 13-20, Jesus questiona os seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” Esta pergunta tem respostas muito diversas em cada tempo e cultura. Naquele tempo diziam que era João Batista, Elias, Jeremias ou outro profeta, mas e hoje? O que dizem de Jesus? O que ele é? Um líder social? Um revolucionário? Um pacifista? Um “iluminado”? Um “espírito de luz”? Um exemplo de vida? Um moralista? etc. Outros ainda dizem que nem mesmo existiu. Ou seja, se olharmos as “opiniões” que existem hoje ou “linhas de interpretação” vamos literalmente encontrar de tudo, algumas afirmações até beiram ao absurdo.
O mundo tem opiniões diversas sobre Jesus porque na verdade não o conhecem. Não se pode conhecer Jesus a partir de nossas pré concepções e ideologias, é necessário aceitar o que Ele É, pois Ele se revela, e cabe a nós acolhermos esta revelação na fé. Esta fé é vivida, guardada e celebrada na comunidade dos seguidores de Jesus, por isso, O Senhor fez novamente uma pergunta, agora destinada à comunidade dos apóstolos e a nós hoje: “E vós, quem dizeis que eu sou?” E Simão responde na fé: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Aqui está uma das mais antigas profissões de fé, mais antiga que o Creio Apostólico que professamos. Jesus é o Messias, é o Filho do Deus vivo, o enviado de Deus e tem a mesma essência do Pai. Jesus é Deus e Senhor.
Por isso Jesus responde a Simão: “Feliz é tu”, sim. Feliz! Feliz de quem aceita na fé a verdade sobre Deus, que conhece, tem intimidade com Ele, “porque não foi um ser humano que te revelou isso”, ou seja, não foi a razão humana, as opiniões, as ideologias que o revelaram, “mas é o meu Pai que está no céu”. Aqui está a grande diferença entre a crença enquanto estado mental ou ato de crer e a fé como virtude teologal infusa na alma. Crer apenas a partir da razão humana pode nos fazer acreditar em qualquer coisa: em papai noel, bicho papão, etc. Mas somente pela graça da fé, que é Dom/Revelação podemos conhecer a Deus como é.
Então, justamente a partir da profissão fé de Simão, Jesus muda seu nome
para Pedro que significa pedra, ou seja, é na pedra/rocha da fé professada que
está edificada a Igreja, a comunidade. Não cremos naquilo que queremos, mas
cremos naquilo que nos foi transmitido. E como saber concretamente que estamos
professando esta fé pétrea? Quando estamos em comunhão com a Igreja na pessoa de
Pedro, hoje o Papa Francisco. O Papa Francisco é o Pedro dos nossos dias, que
tem a missão de guardar esta fé, de ligar e desligar e que nos assegura que o
poder do inferno nunca prevalecerá. Sigamos firmes nesta fé e unidade!
Pe. João Vítor
Freitas dos Santos
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