Pe. João Vitor: “meu coração se enche de alegria"

A tarde de sábado (28/12) era quente, muito quente, beirava os 40 graus. Mas, na porta da Catedral São João Batista, o sorriso e alegria do jovem padre João Vitor Freitas dos Santos eram como lufadas de ar fresco, de renovação. Ansioso, ao lado de dom Carlos Romulo, bispo da Diocese de Montenegro, e dos padres Gabriel Bagatini, animador vocacional da Diocese; Eduardo Haas, reitor do Seminário Maior São João Batista; Diego Knecht, pároco da Catedral São João Batista; Ercílio Bohn, vigário da Catedral; Nicolau Schneider, ecônomo da Diocese e também vigário da Catedral; e do bispo emérito dom Paulo de Conto, ele aguardava o ato de nomeação como vigário paroquial na Catedral São João Batista. Embora já bem conhecido pela comunidade, a missa solene também teve o objetivo de apresentar o jovem oficialmente à comunidade.

Logo depois da procissão de entrada, o padre Nicolau leu o documento, assinado por dom Carlos, que designa João Vitor como o novo vigário paroquial. Até então, o próprio padre Nicolau vinha acumulando as funções na Diocese e na Catedral São João Batista, em auxílio aos padres Diego e Ercílio. João Vitor, em suas primeiras palavras como vigário não escondeu a emoção. “Meu coração se enche de alegria”, disse. Mas também não escondeu o sentimento que definiu como “temor”. “Um temor que representa a responsabilidade de estar diante dessa comunidade. Mas que, com certeza, com apoio dos amigos padres e da comunidade vamos enfrentar com muita coragem”, completou.

Entre o público, muitas pessoas também se encantaram com a posição de aprendiz que se colocou o novo padre. “Estou aqui esse ano com o propósito de aprender e conto com o auxílio de todos vocês. Estou alegre e entusiasmado para aprender com todos”, enfatizou.

Logo em seguida, dom Carlos conduziu a celebração da missa ao lado de todos os sacerdotes presentes. Pouco antes da benção final, foi o momento de a comunidade, num ato de carinho, receber o novo padre. Representando o Conselho Pastoral, órgão consultivo da comunidade, Rejane Arioti e Cesar Viegas saudaram João Vitor. “E agradecemos muito seu apoio, padre Nicolau. Foi muito bom contar com o senhor. Que esteja sempre por perto”, completou Cesar, num ato de gratidão ao antigo vigário, que também já foi pároco da Catedral no passado. João Vitor, em mais um gesto de carinho, recebeu uma cesta de presentes da comunidade, entregue pelo casal Luiz Assunção e Terezinha da Rosa.

Jonas também foi empossado no sábado

Nem bem a missa de posse de João Vitor havia encerrado e todos os padres seguiram para São Pedro da Serra. É que a tarde de sábado também foi marcada pela posse de outro jovem padre muito querido da comunidade da Paróquia Catedral São João Batista: Jonas Gomes foi empossado como vigário paroquial da Paróquia São Pedro, na Igreja Matriz São Pedro, em São Pedro da Serra. Além das posses dos jovens padres, até o fim da primeira semana de janeiro haverá movimentações e transferências de padres entre as comunidades da Diocese.

Mas o que faz o vigário?

João Vitor e Jonas assumiram como vigários, mas o que caracteriza essa função? Dentro da organização da Igreja Católica Apostólica Romana existe uma estrutura de divisão de Arquidioceses, como a de Porto Alegre, e unidades menores que são as Dioceses, como a de Montenegro. Essas são administradas e geridas por um bispo, no nosso caso, dom Carlos. Ele organiza uma série de comunidades, as paróquias, que são ligadas a Diocese. E em cada paróquia também é necessário um padre responsável administrativo, uma espécie de gerente. É o pároco, que vai exercer essa função junto com o Conselho Paroquial nas tomadas de decisões importantes à comunidade. Todas essas funções ocupam os padres que acabam tendo de contar com ajuda de outros padres para que as funções do presbitério (missas, ministrar outros sacramentos, atividades pastorais, etc.) sejam executadas. É nesse contexto que se insere o vigário, que hoje assume as mesmas funções presbiterais do pároco, com exceção da gestão administrativa da Paróquia. E quanto maior a paróquia, maior a comunidade, maior o número de capelas e, assim, a necessidade de mais vigários paroquias.