A Liturgia deste Domingo (24° do Tempo Comum, Ano A) é uma verdadeira
catequese sobre o perdão, que é a graça mais importante e fundamental do
cristianismo. Jesus se encarnou no seio da Virgem para nos salvar pelo perdão
dos nossos pecados, morreu na cruz para redimi-los e ressuscitou para nossa
justificação. Ao enviar os apóstolos em missão depois da ressurreição ordenou
que batizassem (o batismo é o sacramento de perdão dos pecados por excelência)
e perdoassem os pecados. Todo o ministério de Jesus é expressão do perdão do
Pai. Ele veio para a reconciliação, veio para nós os pecadores.
Como afirma a segunda leitura (Rm 14, 7-9) nós “pertencemos ao Senhor”, por
isso, nossa missão é continuar neste mundo a obra do perdão de Nosso Senhor.
Podemos dizer então que o critério para nossa salvação é o perdão, ou seja,
quando aceitamos o perdão de Deus, que Ele opera pelos sacramentos, e também
perdoamos, a semelhança de Deus, nossos irmãos e irmãs. Sobre isso é o relato
do Evangelho (Mt 18, 21-35) que traz a história do empregado que foi perdoado
pelo patrão, mas não perdoou o seu companheiro a semelhança da graça que
recebera, por isso, o patrão indignou-se e “retirou” o perdão: “Empregado
perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como
eu tive compaixão de ti?”
Aqui está a grande pergunta que o Senhor fará a cada um de nós no dia do nosso
juízo: “Não devias tu também ter compaixão do teu
companheiro, como eu tive compaixão de ti?” pois “É
assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de
coração ao seu irmão”. Também nos recordamos deste critério e compromisso em
cada oração do Pai Nosso: “perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós
perdoamos a quem nos tem ofendido”, ou seja, com a mesma medida que julgo,
serei julgado (Cf. Mt 7, 4). Por isso, ser cristão é perdoar, é começar um
processo de cura do rancor e da raiva, colocando em prática o conselho de Eclo
28, 1-8: “Perdoa a injustiça cometida por teu próximo: assim, quando orares,
teus pecados serão perdoados. Se alguém guarda raiva contra o outro, como
poderá pedir a Deus a cura?”
Você gostaria de aprofundar esta realidade do perdão? Quer aprender a
perdoar? Nossa diocese promove diversos encontros chamados “Escola do Perdão e
da Reconciliação” (ESPERE). Fique atento (a)!
Pe. João Vítor
Freitas dos Santos
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