NÃO TENHAIS MEDO DAQUELES QUE MATAM O CORPO


NÃO TENHAIS MEDO DAQUELES QUE MATAM O CORPO

Igreja de São Sebastião, atingida por explosões em Negombo, no norte de Colombo, no Sri Lanka — Foto: Chamila Karunarathne/AP. Fonte: https://g1.globo.com/

Estimados irmãos e irmãs, por três vezes aparece no evangelho deste Domingo (12° do Tempo Comum) em Mt 10, 26-33 o pedido de Jesus: “Não tenhais medo”. O medo é uma sensação de estado de alerta gerado por uma ameaça que pode criar no sujeito um receito de agir, e, em casos mais graves, pode desenvolver-se numa fobia, que é o medo doentio ou exagerado. Todos nós temos medo, é natural, inclusive, pode-se considerar um instinto de sobrevivência quando sentido até certo limite. Ou seja, o medo é uma sensação que temos de aprender a conviver e, quando necessário, superar. Mas quando é preciso superar o medo? Quando o medo impede a ação.


Jesus, no evangelho, nos envia para anunciá-lo, proclamando as maravilhas de Deus “sobre os telhados”, ou seja, de modo explícito e público, sem jamais negá-lo. Certamente, do confronto entre o Reino de Deus, da graça e da verdade com os “reinos deste mundo”, do pecado e da mentira, gera-se perseguições e incompreensões, não por causa dos anunciadores, mas por Aquele que é anunciado. Por isso, Jesus nos alerta sobre estas situações e nos pede: “Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma”. Aqui está uma realidade que só podemos compreender pela fé. O mundo, com suas perseguições, só pode causar o mal momentâneo, nunca um mal eterno. Por isso, muito pior para nós seria perder a eternidade do que sofrer momentaneamente por Cristo nesta vida. Os mártires compreenderam bem isso.


O século XX foi marcante na história da Igreja, pois nem nos primeiros séculos sob o regime do império romano houve tanta perseguição à Igreja como no século passado. São João Paulo II, no seu discurso por ocasião da celebração ecumênica para recordar as testemunhas da fé do século XX, em 07 de maio de 2000 afirmou: “A experiência dos mártires e das Testemunhas da Fé não é uma característica exclusivamente da Igreja dos primórdios, mas delineia todas as épocas da sua história. De resto, no século XX, talvez ainda mais do que no primeiro período do cristianismo, muitíssimos foram os que testemunharam a fé com sofrimentos não raro heroicos. Durante o século XX, quantos cristãos em todos os continentes pagaram o seu amor a Cristo, também derramando o próprio sangue!”  


E continuamos a ver crescer no mundo um verdadeiro ódio ao cristianismo, “pois nada há de encoberto que não seja revelado, e nada há de escondido que não seja conhecido”, ou seja, quanto mais a Palavra de Deus é pregada e testemunhada, mais são as perseguições. Mas, diante de tudo isto, somos chamados a não ter medo! Podemos até perder esta vida, mas, como nos ensinou o Senhor e Ele mesmo realizou: “Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo que cai na terra não morre, fica só; mas, se morre, produz muito fruto. Quem ama a sua vida, perde-a; mas quem se desapega de sua vida neste mundo, há de guardá-la para a vida eterna” (Jo 12, 24-25).

 Pe. João Vítor Freitas dos Santos 

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