CORAGEM! VINDE PARTICIPAR DA MINHA ALEGRIA!  

Queridos irmãos e irmãs. A Campanha da Fraternidade e a Semana Nacional em Defesa da Vida de 2020 nos recordaram que a vida é dom e compromisso. Sobre isso nos fala o evangelho deste Domingo, em Mt 25, 14-30, nos convidando à fidelidade na administração de nossos talentos (dons), para fazê-los dar frutos pelo nosso comprometimento e fidelidade. Nossa vida é um verdadeiro presente de Deus, um dom, um talento, que não pode ser simplesmente escondido. É necessário “lucrar” mais, pois o Senhor nos chama à vida eterna. Enterrar os talentos é pensar que a vida se resume a esta existência e, quando vier a morte, ela nos tirará tudo. Aquele que “lucra” com o talento desta vida é aquele que sabe semear para a eternidade, sabe que esta vida é tempo de preparação para a futura.

Então, o evangelho nos coloca diante desta escolha: ou vivemos fechados, egoístas, sem abertura à eternidade, sem boas obras, sem amor e assim perderemos a alegria e viveremos num lugar de “choro e ranger de dentes”; ou, podemos “lucrar” com nossa vida, plantando o que colheremos na eternidade, ou seja, vivendo as boas obras, o amor, o perdão, a vida sacramental e assim participar da alegria do Senhor. Mas para “lucrar” com a vida é necessário coragem! Sim! Coragem para investir, pois quem não investe não lucra. Investir exige riscos, sair da zona de conforto, entrar em contato com o sofrimento dos outros e ajudá-los. Este é o caminho que nos faz irmãos e dignos da pátria celeste. É necessário semear a alegria para participar da alegria do Reino.

O "lucrar" do evangelho não é uma lógica capitalista de querer sempre mais lucro financeiro; mas é fazer frutificar, valorizar, empenhar o dom para que seja fonte de vida para mais pessoas. Sejamos fiéis no pouco que o Senhor nos confia, pois assim Ele nos confiará mais. Nossa vida neste mundo é tão curta, tão “pouca” comparada à eterna, mas exige de nós esta boa administração para que o Senhor nos confie mais. Coragem! “Não durmamos, como os outros, mas sejamos vigilantes e sóbrios” (Cf. 1 Ts 5, 1-6)! E que com “habilidade trabalhe nossas mãos” (Cf. Pr 31, 10) para que nossa vida seja vivida com compromisso de bons administradores.

Pe. João Vítor Freitas dos Santos